"Love in the Time of Cholora - O Amor nos Tempos de Cólera", de Mike Newell
7/10
João Albuquerque
Ante-Cinema#
7/10
Antes de abordarmos o filme em si, seria pertinente esclarecer desde logo uma situação. Como devem saber, este filme é uma adaptação de um livro. Como tal, considero dispensável fazer qualquer comentário a favorecer o livro em relação ao filme, porque na passagem para o grande ecrã perde-se sempre qualquer pormenor, e isso aconteceu em grandes momentos cinematográficos ( "Padrinho", "Laranja Mecânica"). Sorte, ou glória para aqueles que, ao perderem o tal “pormenor”, conseguem sempre acrescentar algo mais à obra.
Falando agora do filme em si, estamos certamente na presença de uma grande história, com um bom enredo, que se desenvolve no tempo certo. Podemos ainda contar com um bom desempenho de Javier Bardem que exibe perfeitamente o romantismo, por vezes doentio, da personagem Florentino Ariza.
Mas, alguns dos pequenos velhos pormenores fazem o filme perder algum interesse. A começar pela exploração da paisagem que podia ser bastante melhor. Aqui, o “poder da imagem” está bastante diluído e quando é exibido, é acompanhado pela terrível banda sonora da colombiana Shakira. Este é o segundo ponto contra do filme. A banda sonora é pouco sonante e descontextualizada. Talvez o único factor que a contextualize minimamente seja a nacionalidade de Shakira e o local onde o filme é rodado. Tirando isso, como se costuma dizer, não tem ponta por onde se lhe pegue.
No geral temos um filme interessante, que não desilude, mas no fundo sabemos que tínhamos ali uma história que podia ser transformada num clássico de Hollywood, daqueles de cortar a respiração.
Falando agora do filme em si, estamos certamente na presença de uma grande história, com um bom enredo, que se desenvolve no tempo certo. Podemos ainda contar com um bom desempenho de Javier Bardem que exibe perfeitamente o romantismo, por vezes doentio, da personagem Florentino Ariza.
Mas, alguns dos pequenos velhos pormenores fazem o filme perder algum interesse. A começar pela exploração da paisagem que podia ser bastante melhor. Aqui, o “poder da imagem” está bastante diluído e quando é exibido, é acompanhado pela terrível banda sonora da colombiana Shakira. Este é o segundo ponto contra do filme. A banda sonora é pouco sonante e descontextualizada. Talvez o único factor que a contextualize minimamente seja a nacionalidade de Shakira e o local onde o filme é rodado. Tirando isso, como se costuma dizer, não tem ponta por onde se lhe pegue.
No geral temos um filme interessante, que não desilude, mas no fundo sabemos que tínhamos ali uma história que podia ser transformada num clássico de Hollywood, daqueles de cortar a respiração.
João Albuquerque
Ante-Cinema#
1 comentário:
acabei de vêlo, não considero tão bom como dizes, tem os seus momentos e alguma comedia involuntaria, mas arrasta-se num registo demasiado prazeteiro e doloroso, o registo não se distingue duma novela brasileira 5/10
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