quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo!

Que 2009 vos traga muita felicidade e, acima de tudo, bons filmes!

O Ante-Cinema agradece a todos os que fizeram o nosso 2008 possível, esperando que o próximo ano seja ainda melhor que o anterior. Se isso ainda é possível. Muito obrigado a todos!

Recomendação para o novo ano:
The Godfather: Part II (1974)



Ante-Cinema#

Qual é o Filme? - Semana 3 - 3ª Temporada


"You know what the Queen said? If I had balls, I'd be King."



Vencedor da Semana Passada:
Ricardo

Filme da Semana Passada:
Home Alone (1990)

Classificação:
1.
Dan - 1Pt.
2.
Ricardo - 1 Pt.

Ante-Cinema#

Críticas do Leitor

Esta é a terceira crítica da segunda edição das Críticas do Leitor. Escrita pelo JT (Portal Cinema), esta apresenta alguns pontos muito interessantes, nomeadamente, algumas reflexões sobre o próprio conceito do filme e de que maneira este deve ser encarado. Apesar de falar em vários pontos negativos, apresenta ainda algumas referências positivas.


CRÍTICA:

Antes de iniciar a minha análise a este “Australia”, gostaria de abordar uma questão que há muito tempo me incomoda e que com o aparecimento deste filme voltou a ser discutida. No mundo da sétima arte, um épico é tido como um género cinematográfico, uma classificação autónoma para aquele tipo de filmes que retrata de forma soberba e praticamente poética, as valorosas histórias de um determinado herói ou povo. Um épico é portanto uma epopeia cinematográfica que nos dá a conhecer, sem grandes preocupações por histórias secundárias, a vida e as aventuras de um determinado herói ou povo heróico. Obras como “Ben-Hur”, “Lawrence of Arabia”, “Gandhi” ou “Spartacus” podem e devem ser classificadas como épicas, porque é esse o seu género cinematográfico.

Actualmente, o termo épico também é aplicado a grandes Blockbusters ou a grandes obras da sétima arte como “Titanic”, “Lord of The Rings”, “Apocalypse Now”, “The Godfather”, “Gone With The Wind”, "Casablanca”, “Schindler’s List”, “Citizen Kane” ou “2001: A Space Odyssey”. É verdade que todos estes filmes apresentam uma qualidade extraordinária mas também é verdade que de um ponto de vista formal, não tem absolutamente nada a ver com um épico. Podem ser obras que apresentaram um épico orçamento ou uma épica qualidade gráfica mas no fundo, não passam de simples dramas ou aventuras que não estão, nem podem ser enquadradas no particular género épico.

Entendo perfeitamente que a utilização do termo “épico” na classificação destes filmes, sirva apenas para aclamar a grande qualidade da obra ou para honrar o grande impacto que teve junto do público, por isso se diz que “Titanic” é um dos maiores épicos românticos porque na realidade é uma das maiores histórias românticas da sétima arte, no entanto está classificado como um Drama e não como um Épico. Nestas situações, compreendo perfeitamente se utilizarem o termo “épico” como adjectivo para salientar a qualidade e não como meio de qualificação cinematográfica.

Exposta a minha opinião sobre a utilização do termo “épico”, resta-me contestar severamente todos aqueles que classifiquem este “Australia” como épico romântico. Como já referi, só podem ser qualitativamente épicos, aqueles filmes que apresentem uma qualidade extraordinária em todos os campos. Algo que definitivamente não acontece neste “Australia” que para além de uma épica duração (165 Minutos) e de uns excelentes aspectos técnicos ligados à imagem, não nos apresenta mais nenhum ponto de grande qualidade.

Este dito épico romântico, conta-nos a história de uma aristocrata inglesa chamada Lady Sarah Ashley (Nicole Kidman), cujo marido, desesperado por arranjar dinheiro, passou o último ano na Austrália para preparar a venda do seu último bem material, uma quinta de gado do tamanho de uma pequena cidade, chamada “Faraway Downs”. Suspeitando dos seus planos, Sarah viaja num hidroavião para este continente longínquo, com destino à tropical e remota Darwin, para tomar as rédeas do assunto. No entanto, ela é recebida, não pelo seu marido mas sim por um rude e mal-educado vaqueiro, apenas conhecido como Drover (Hugh Jackman). Na viagem por terra para Faraway Downs, Sara e o vaqueiro revelam uma profunda e mútua antipatia entre si. Após uma inesperada mudança nos acontecimentos, Nullah (Brandon Walters), uma encantadora criança aborígene, surge de repente na vida de Sarah. Este revela-lhe que nem tudo é o que parece e fá-la percebe que o cruel responsável pela quinta, Neil Fletcher (David Wenham) tem uma parceria secreta com o maior proprietário de gado, King Carney (Bryan Brown) e juntos conspiram para ficar com as suas terras. Para salvar Faraway Downs, Sarah tem que unir forças com Drover e levar várias centenas de cabeças de gado através do idílico, porém impiedoso, norte australiano. Para além de Nullah, junta-se a esta sua missão, um grupo de inadaptados da quinta, incluindo o contabilista alcoólico, os dois pastores aborígenes, a empregada doméstica aborígene e o cozinheiro chinês Sing Song (Yuen Wah). Durante a intrépida viagem, Sarah é transformada pelo poder e pela beleza do continente mais antigo do mundo, encontrando romance na paisagem, paixão no condutor de gado e amor maternal em Nullah. Mas, quando a segunda guerra mundial chega finalmente à costa da Austrália pelas mãos do Império Japonês, esta invulgar família é separada. Agora Sarah, Drover e Nullah têm que lutar para se reencontrarem no meio da tragédia e caos dos bombardeamentos japoneses a Darwin.

Apesar de terem histórias completamente diferentes, sinto que a comparação entre “Australia “ e “Pearl Harbor” é inevitável. Na altura do seu lançamento, “Pearl Harbor” era tido como um dos grandes filmes do ano (mas os seus responsáveis tiveram o bom senso de não lhe chamar épico romântico), no entanto após o seu lançamento, o filme foi atacado pela critica por ser demasiado longo e por nos contar uma história pouco original que era acompanhada por maus diálogos, na altura nem os efeitos especiais presentes nas magníficas sequencias de acção do ataque a Pearl Harbor, salvaram o filme da nota negativa. Seria de esperar que após esta fatídica vitima, mais nenhum realizador cometesse os mesmos erros grosseiros que Michael Bay mas passados sete anos, o cineasta australiano Baz Luhrmann apresenta-nos “Australia”, um filme que no inicio do ano era apontado como uma das maiores obras de 2008 mas que após o seu lançamento, caiu em desgraça e ficou completamente arredado da luta pelos principais Óscares. Tal como “Pearl Harbor”, o filme é exageradamente longo e conta-nos uma história pouco original e maçadora que não consegue ser salva pelas magníficas paisagens australianas, nem pelos grandes efeitos especiais utilizados na sequência de acção do ataque japonês a Darwin.

Um dos maiores problemas do argumento de “Australia” é a sua inconsistência. No inicio do filme, estamos perante uma típica história romântica que engloba todos os típicos clichés deste género, senão vejamos, uma rapariga de classe conhece um rapaz do povo que rapidamente aprende a odiar, no entanto com o passar do tempo, o rapaz ajuda a rapariga numa situação difícil e os dois começam a conhecer-se melhor, o que leva a uma paixão incontrolável. Ora esta linha de pensamento romântico, está presente em várias romances literários e cinematográficos e até uma criança o acharia pouco inovador já que durante anos, este foi o lema “romântico” de várias obras animadas da Disney como “Beauty & The Beast”, “Aladdin”, “Pocahontas” ou “Hercules”. Com o desenrolar do argumento, começamos a entrar no mundo dos Westerns onde vemos as terras australianas como um lugar de anarquia e perigo constante, onde os homens são verdadeiros selvagens e as mulheres autênticas donzelas indefesas. Depois, com a chegada dos japoneses e da 2º Guerra Mundial, entramos nas fantásticas e vertiginosas sequências de acção e após essa grande confusão, iniciamos uma aventura dramática em busca do previsível e emocionante reencontro. Ora como se pode constatar, em separado este “Australia” poderia ter dados uns bons cinco filmes mas em conjunto dá uma gigantesca e enfadonha trapalhada.

O romance entre Sarah e Drover é muito pouco original e é acompanhado por diálogos e situações previsíveis que não nos apresentam nenhum twist interessante que lhe possa dar mais vida e intensidade. Também a relação pseudo-maternal que Sarah começa a desenvolver pelo jovem Nullah, roça o ridículo por estar tão mal construída e desenvolvida. Na minha opinião, com bastantes cortes extensivos (entre eles o da personagem Nullah) e com um pouco mais de originalidade no romance entre Sarah e Drover, “Australia” poderia ter contado em 90 minutos uma excelente e grandiosa história que poderia ter rivalizado com os grandes filmes dramáticos de 2008.

No campo visual, o filme apresenta uma qualidade inegável que certamente será reconhecida pela Academia. A fotografia das paisagens australianas é belíssima e os efeitos especiais utilizados nas sequências de acção também roçam uma nota excelente.

Uma falha inesperada de “Australia” foi o seu elenco, já que o par romântico do filme, composto por Hugh Jackman e Nicole Kidman, não obteve a química esperada no grande ecrã. Em separado estes actores até nos apresentaram uma boa performance, mas quando se juntam na mesma cena o resultado é desastroso, seria de esperar mais entrega e realismo de dois actores bastante profissionais. O elenco secundário é meramente razoável, não havendo nenhum actor que se destaque claramente pela positiva.

Em suma, penso que Baz Luhrmann tentou fazer deste “Australia” algo que ele nunca foi nem nunca poderia ser, um épico incontestável do cinema moderno. Este cineasta australiano levou a sua ideia até ao extremo para nos apresentar uma obra exageradamente longa sem nenhuma justificação válida. O argumento é pouco original porque nos apresenta ideias recicladas de grandes clássicos de diferentes géneros que se limitaram a ser transpostas e adaptadas a esta história.

Nota:
***

Ante-Cinema#

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Críticas do Leitor - E o Grande Prémio será...

POSTER DE JAWS (1975)
(Steven Spielberg)

Chegou agora a vez de conhecerem a melhor parte das Críticas do Leitor. Para além de divulgarmos as melhores críticas dos nossos leitores, no final, teremos ainda uma votação para eleger a Melhor Crítica sobre Austrália. Ao apurar-se o grande vencedor desta segunda edição, este receberá o magnífico poster de Jaws, um dos grandes clássicos de Steven Spielberg. Espero que o prémio vos agrade e que, acima de tudo, incentive alguns indecisos que ainda não tenham enviado as suas críticas. Como o devem fazer...? É só enviar para o email ante.cinema@gmail.com.

Ante-Cinema#

Críticas do Leitor

O Ante-Cinema apresenta mais uma crítica de um dos nossos leitores. Esta foi escrita pelo Filipe Coutinho (Cinema is my Life), e expressa um claro contentamento com o filme realizado por Baz Luhrmann. A sua nota é prova disso: 9/10. É, até ver, a crítica mais positiva relativamente a Austrália.


CRÍTICA:

Um épico à moda antiga


Antes de iniciar a crítica ao mais recente, e extremamente aguardado, filme de Baz Luhrmann, devo explicar o facto de apresentar, a uma data tão distante da estreia nas salas dos nossos cinemas, uma apreciação ao mesmo. Facto é que não me dediquei à pirataria nem enveredei na compra de um DVD ilegal. Apenas tive a extrema felicidade de poder assistir a um visionamento para a imprensa. Certo é que não sou jornalista, longe disso, mas visto que a oportunidade surgiu, há que aproveitá-la. Assim, e indo direito ao assunto, aquilo que o leitor realmente quer saber, posso dizer que "Australia" não é uma desilusão, pelo menos quanto ao que eu estava à espera. Se por um lado, após a visualização, pode haver um ligeiro dissabor porque não é tão grandioso quanto "Gone With the Wind", por outro rapidamente me apercebi que os tempos são outros, a magia é distinta e o cinema urge por novas ideias. Ora, se pensarmos bem, que melhor realizador para isso do que o próprio Luhrmann? Assim, e mantendo essa ideia bem patente no meu consciente, procedi a uma revisão mental do que acabava de visualizar. Realmente, não lhe posso atribuir a pontução máxima já que fica a uns metros de distância de outros épicos como aquele mencionado supra, magistralmente protagonizado por Vivian Leigh e Clark Gable.

Por falar em interpretações, devo mencionar que, em "Australia", todas elas são perfeitas, verdadeiramente perfeitas. Há quem já aclame Hugh Jackman como o novo Clint Eastwood devido à sua extrema masculinidade que, como se pode ler na Prémiere, "transpira-a a cada poro". Segundo consta, Russel Crowe rejeitou o papel de Drover por considerar que não trabalha por caridade para um grande estúdio. Apoia o cinema independente e por ele fará sacrifícios. Hum, qual terá sido o seu cachet em "Body of Lies"? Assim, o papel principal ficou imediatamente disponível para Jackman que era apontado como David Wenham, um proprietários sem qualquer tipo de escrúpulos. Como é óbvio, este não pensou duas vezes, afirmando "este é mesmo, o directo, clássico, tradicional papel de protagonista pelo qual sempre esperarei". E diga-se, ainda bem que o fado tem destas coisas. Depois há a mítica Nicole Kidman que desde "Moulin Rouge" não tem tido uma carreira brilhante. Honestamente, deiscordo de uma grande parte dos críticos quando a acusam de falta de talento e/ou veracidade na interpretação. Esta senhora é, em tudo, fabulosa e estonteante. Além do mais, a sua química com o protagonista é tão credível quanto emocionante. É digna da mais alta das honras e, espero, honestamente, que regresse aos grandes papéis. Arriscarei a comparação dizendo que até está ao nível de Vivian Leigh. Injusto? Vejam e decidam. Ora, falta mencionar aquele que é a maior surpresa deste ano, o jovem Brandon Walters e a sua actuação do tamanho do mundo. Nunca pensei ver tamanho empenho vindo de um ser tão pequeno (sem inferir qualquer tipo de insulto) ou tamanho realismo de uns olhos que espelham o rosto de um país fabuloso. Uma nomeação para "Melhor Actor Secundário" ficava muito bem no seu currículo. Por fim, se bem que todo o elenco é imaculado, queria referir David Wenham cujo papel de vilão assenta-lhe que nem uma luva. A sua criação é louvável bem como todo o seu trabalho de preparação para a fita.

E agora chegamos ao ponto mais alto do filme. Inevitavelmente, a fotografia. Entra directamente para a história do cinema. Não é por acaso que foram precisos cerca de nove meses para a terminar. Esta ficou a cargo da experiente Mandy Walker, que já havia sido fortemente distinguida pelos seus trabalhos anteriores. Um exemplo desse facto é o controverso "Moulin Rouge". E aqui reside o tronco comum face à opinião da crítica. Independentemente da opinião de cada individuo, é claramente unânime que o trabalho de fotografia é perfeito. A realização de Baz é excelente a muitos níveis. No entanto, peca, como disse Fernando Ribeiro (Ante-Cinema), pelo exagero a nível visual. Apesar do delírio, torna-se, por vezes, incómodo. No entanto, percebe-se a sua paixão pelo projecto, sobretudo sendo Austrália a sua terra mãe. O argumento foi escrito a quatro mãos se bem que a ideia partiu do realizador. De qualquer forma, destacam-se os nomes de Ronald Harwood, Stuart Beattie, Richard Flanagan e o próprio Luhrmann. Este é dotado de muita coesão realizando uma clara homenagem aos épicos da época de ouro de Hollywood. Também a sonoplastia vinga no mundo da sonoridade concebendo uma tensão enorme à tragédia e aos momentos melodramáticos. A duração parece-me apropriada, ou seja, os 165 minutos proporcionam a noção de "acabámos de viver uma grande aventura" e é mesmo esse um dos significados do que realmente é o cinema.

Existe, também, uma forte referência a "Wizard of Oz", fita de 1939 protagonizada por Judy Garland e, em especial, à belíssima canção "Somewhere Over the Rainbow" que é detentora de uma enorme importância no decorrer de toda a fita. E que bem que fica. Até dá para trautear a música aquando da saída da sala. A título de curiosidade, Heath Ledger teve direito a um casting mas acabou por rejeitar devido ao seu papel em "The Dark Knight". Concluindo, poder-se-á afirmar que os cerca de 150 milhões de dólares australianos foram bem gastos e ainda bem que o projecto foi financiado. O visual, apesar de exagerado em certas situações como mencionado supra, é estrondoso e é maravilhoso observar uma Autrália em construção. À fita, atribuo-lhe o 9 em 10 ou as quatro estrelas (e meia) entre as cinco possíveis. Este facto prende-se com a caomparação face a outros épicos. No entanto, ainda irei visualizar a obra de Baz brevemente em cinema e quando o fizer, aqui informarei se mudei ou não de opinião. Entretanto, aconselho vivamente a todos os leitores que a visualizem. Arrisca-se a tornar-se uma obra de referência em um futura próximo.

A Frase:
"Just because it is, doesn't mean it should be."

Ante-Cinema#

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Críticas do Leitor

Para começar esta segunda edição das Críticas do Leitor, o Ante-Cinema apresenta a crítica do Jorge Santos. Conforme foi pedido a todos os leitores, alguns começam já a enviar as suas opiniões sobre Austrália. O filme tem dividido várias pessoas e esta crítica do Jorge é prova disso, salientando alguns pontos positivos como negativos.
A recepção de críticas está aberta desde sexta-feira e caso ainda não as tenham mandado mas querem vê-las aqui publicadas, só têm que as enviar para o nosso email ante.cinema@gmail.com.


CRÍTICA:

Faz muito tempo que não se fazia um filme deste género, uma espécie de E TUDO O VENTO LEVOU, romântico e de pretensões épicas. Mas nem sempre as coisas são aquilo que se deseja.

Este novo filme de Baz Luhrmann (de quem adoro o STRICTLY BALLROOM) conta-nos a história de uma inglesa da alta sociedade que parte para a Austrália com o fim de trazer o marido de volta. Uma vez chegada, descobre que o marido acabou de ser assassinado e cabe a ela, com a ajuda de um rude cowboy e de um miúdo mestiço, fazer frente aos maus da fita e salvar o seu rancho.

O grande problema deste filme é querer ser várias coisas ao mesmo tempo, com vários episódios que podiam ser por si só assunto para um filme. Começa em tom de comédia, passa a western com contornos de aventura mística, transforma-se numa história de amor e termina como filme de guerra. Não que tudo isto seja mau, na realidade não o é, mas o filme precisava de uma história mais focada num ou dois desses assuntos.

Nicole Kidman está em forma e dá-nos uma das suas melhores e mais versáteis interpretações (adorei a cena em que ela canta o “Over the Rainbow”), a seu lado Hugh Jackman (recentemente considerado, e muito bem, o homem mais sexy do mundo) é um verdadeiro herói masculino na linha de Clark Gable e convence em todas as frentes. O restante elenco vive convincentemente as suas personagens e Brandon Walters, com seus grandes e expressivos olhos, é uma revelação como o pequeno Nullah.

Luhrmann deve adorar os grandes clássicos e este filme é sem dúvida a sua homenagem às grandes produções que se faziam na época dourada de Hollywood. Os cenários são por vezes deliciosamente artificiais e outras vezes ele filma as paisagens australianas com paixão e grandiosidade. A música é boa, mas irritou-me que por diversas vezes a mesma se sobrepusesse à acção. Mas no todo é um bom filme, que se segue com interesse e alguma emoção.

Nota:
***

Ante-Cinema#

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Críticas do Leitor

Já viram Austrália e gostavam de ver a vossa crítica publicada no Ante-Cinema? Têm agora essa oportunidade.

As Críticas do Leitor vão voltar. Devido ao sucesso da primeira edição, onde Quantum of Solace foi o filme que recebeu honras de abertura, chegou agora a vez de saber as opiniões dos nossos leitores sobre Austrália. Sendo assim, a única coisa que têm de fazer é enviar as vossas críticas para o email ante.cinema@gmail.com, e as melhores serão publicadas. No fim das publicações será feita uma votação para se apurar o grande vencedor. Quem ganhar receberá um prémio ainda a designar.

O novo filme de Baz Luhrmann estreou esta quinta-feira em Portugal com o total apoio do Ante-Cinema.

Boas críticas!



Ante-Cinema#

Ante-Trailer

VICKY CRISTINA BARCELONA

De forma a levantar um pouquinho o véu para Janeiro, o Ante-Cinema apresenta um dos seus destaques para início do próximo ano.

Com estreia prevista em Portugal para o dia 22 de Janeiro, este é um filme que tem causado bastantes expectativas. Realizado pelo sempre genial Woody Allen, conta no elenco com a sua mais recente musa Scarlett Johansson, Javier Bardem, Penélope Cruz, Rebecca Hall e Patricia Clarkson. Woody Allen já admitiu que este foi, até ver, o seu último filme a ser rodado na Europa, tendo já regressado para o seu país natal, Estados Unidos da América, onde se encontra a filmar Whatever Works, agendado para estrear já em 2009.

Vicky Cristina Barcelona e o próprio Woody Allen, serão um dos muitos e recheados destaques do Ante-Cinema para o próximo mês.



Ante-Cinema#

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Estreias da Semana (25 a 31 de Dezembro)

AUSTRÁLIA

Realização: Baz Luhrmann
Com: Nicole Kidman, Hugh Jackman, David Wenham, Bryan Brown, Ben Mendelsohn e Brandon Walters
Género: Drama/Romance
Duração: 165 minutos
Classificação: M/12
País: Austrália/EUA

Nota Ante-Cinema: 7/10

Reler a Crítica AQUI

No início explosivo da Segunda Guerra Mundial, Lady Sarah Ashley é uma aristocrata inglesa cujo marido, desesperado por arranjar dinheiro, passou o último ano na Austrália, preparando a venda do seu último bem: uma quinta de gado do tamanho de uma pequena cidade, chamada “Faraway Downs”. Suspeitando dos seus planos, Sarah viaja num hidroavião para este continente longínquo, com destino à tropical e remota Darwin, para tomar as rédeas do assunto. (Sinopse: Cinema2000)

Em exibição nos seguintes cinemas: VER AQUI


SIM!

Realização: Peyton Reed
Com: Jim Carrey, Zooey Deschanel, Danny Masterson e Bradley Cooper
Género: Comédia
Duração: 104 minutos
Classificação: M/12
País: EUA

A história de Carl Allen, um homem que se inscreve num programa de auto-ajuda com base num princípio simples: dizer "sim" a tudo e mais alguma coisa.... (Sinopse: Cinema2000)

Em exibição nos seguintes cinemas: VER AQUI


OS TRÊS MACACOS

Realização: Nuri Bilge Ceylan
Com: Yavuz Bingol, Hatice Aslan e Rifat Sungar
Género: Drama
Duração: 109 minutos
Classificação: M/12
País: Turquia/França/Itália

Uma família desmembrada por força de pequenos segredos que se tornam em enormes mentiras tenta desesperadamente permanecer unida e recusa-se a aceitar a Verdade. Para evitar fazer face a pesadas provas e responsabilidades, eles escolhem ignorar a Verdade, e recusam ver, ouvir ou falar sobre ela, como na fábula dos Três Macacos. Mas evitará este jogo o confronto com a Verdade? (Sinopse: Cinema2000)

Em exibição nos seguintes cinemas: VER AQUI

Ante-Cinema#

Qual é o Filme? - Semana 2 - 3ª Temporada


"Keep the change, you filthy animal!"



Vencedor da Semana Passada:

Dan

Ante-Cinema#

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

MandyLORD OF THE MOVIES


CABELOS DO CINEMA


Hoje é consoada, por isso, apanharam-me bem disposto. Daí que vos mando umas dicas de sabedoria como só eu sei escrever.

Meninos e meninas, aprendam aqui com o Costas: o segredo para o sucesso em Hollywood é um bom penteado. Excepções à parte (Javier Bardem), maus cabelos sem intenção são um vírus para as carreiras de actores estabelecidos. Duvidam? Se o meu espectacular cabelo não fosse prova suficiente tomem em atenção os seguintes argumentos.


Argumento nº 1 - John Travolta - The Punisher (2004)

Travolta já teve os seus altos e baixos, mas quase irremediavelmente acabou a carreira com este filme. Na teoria, esta adaptação da banda desenhada tinha tudo para correr bem: um realizador novato mas com créditos firmados em argumentos de filmes de acção, a Rebecca Romjin e Laura Harring para enfeitar o cenário e um vilão de luxo em John Travolta. Mas quando as pessoas viram no trailer aquela trunfa monumental, todas quiseram distância do filme. E como Travolta insistiu com o penteado nos filmes seguintes, todos quiseram distância dele...

Argumento nº 2 - Nicolas Cage - Next (2007) e filmes seguintes

É preciso dizer alguma coisa? A cada filme que passa pior está o cabelo de Cage e mais fundo se enterra o homem. Crise de meia idade? Puro mau gosto? O facto é que os filmes que Cage faz pioram com a sua farfalheira...

Argumento nº 3 - Tom Hanks - The Da Vinci Code (2006)

Este é mais um caso de qualidade (ou falta dela) e não de sucesso. The Da Vinci Code é daqueles filmes à prova de crítica e, por isso, a única pessoa afectada na negativa com o filme foi Hanks. O rapaz já fez filmes maus, mas más interpretações foi novidade até ao mal fadado filme. O que mudou em relação a outros filmes menos bons que tenha feito? O cabelo claro. Pelos vistos Nicolas Cage não é único a gostar deste tipo de penteado, já que alguém na produção do filme de Ron Howard também gostava. Deve ser por isso que Hanks está amuado o filme inteiro...

Gostaram do brinde? Então vejam se compram o dvd do SAW 5 porque tenho de comer!

Bom Natal!

O vosso Costas Mandylor.

Ante-Cinema#

Feliz Natal

O Ante-Cinema deseja um Feliz Natal para todos!

E porque é Natal, fica aqui uma sugestão: Love Actually.



Ante-Cinema#

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Crítica: BELLE TOUJOURS

por Mário Macedo

Nota: 8/10

Homenagem sentida de Manoel de Oliveira, realizador mais antigo do Mundo, a um dos seus ídolos, Luís Buñuel. Sem pretensiosismo, o filme guia-nos por um provável reencontro entre duas das personagens mais fortes do filme original datado de 1967, "Belle de Jour".

O filme passa-se 38 anos depois do original, onde Henri Husson, maravilhosamente interpretado pelo original Michel Piccoli, pensa ter visto a sua amiga de longa data desaparecida, a senhora Séverine Serizy, num concerto. Este segue-a e fá-la enfrentar o seu passado, aplicando-lhe uma sádica, dolorosa e lenta vingança quando esta busca a verdade acerca da fatídica tarde de à 38 anos. Oliveira apresenta assim de forma inteligente uma possível interpretação do futuro destas personagens, dando a imaginar as alterações de personalidade durante os anos e o sofrimento por que estas passaram, principalmente devido aos remorsos. O filme atinge o seu pico máximo na cena final do jantar, cena pela qual todo o filme anda à volta, num jogo do gato e do rato, com interessantes referências ao filme original e ao mestre Buñuel, e que apesar de não ter o intuito de enfrentar o espectador com um final definitivo, Oliveira explica ao longo do filme a razão pela qual se deve dar este reencontro.

Com pormenores deliciosos e uma fotografia espantosa, com jogos de espelhos e de luzes invejáveis, este filme apesar de ser um misto de planos fixos, tendo apenas um pequeno travelling (mas com grande significado) sobre a estátua de Joana D’Arc, está longe de ser aborrecido. As interpretações de Piccoli fazem rever o Husson de antigamente e Sevérine, que apesar de não ser Catherine Deneuve a dar vida à personagem desta vez, está extremamente aceitável e com uma componente dramática credível por parte da actriz Bulle Ogier.

Sem dúvida que "Belle Toujours" é um filme obrigatório para quem viu a obra original do mestre espanhol, quanto mais não seja para desfazer a curiosidade deixada em aberto no final de "Belle de Jour". É uma obra sem intenções de se afirmar, apenas com o intuito de prestar homenagem e matar saudades. É um reviver do passado com sabor a presente.

TRAILER:


Ante-Cinema#

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Entrevista a Baz Luhrmann sobre AUSTRÁLIA



Ante-Cinema#

O Turismo de Austrália aos olhos de Baz Luhrmann

Conforme prometido, o Ante-Cinema apresenta mais um anuncio televisivo realizado por Baz Luhrmann, desta vez, sobre o seu próprio país. Vale a pena ver. O vídeo encontra-se em baixo:



Ante-Cinema#

sábado, 20 de dezembro de 2008

Chanel Nº5, por Baz Luhrmann

Para além da sua já respeitada carreira no cinema, Baz Luhrmann fez também alguns trabalhos no ramo da publicidade. O mais mediático de todos é, sem dúvida, a sua visão cinematográfica muito "made in" Moulin Rouge! de um perfume. Mais uma vez abordando o amor, o lema geral deste anúncio é: "Her Kiss, Her Smile, Her Perfume".

Com Nicole Kidman e o brasileiro Rodrigo Santoro, este foi um anúncio publicitário que fez as delicias do mundo, onde os traços pós Moulin Rouge! são bem evidentes. Este trabalho teve a sua primeira exibição num canal televisivo australiano em Outubro de 2004, tendo um mês depois estreado nas televisões americanas. O melhor é mesmo ver este excelente anúncio em baixo.

Durante o dia de amanhã o Ante-Cinema apresentará mais uma publicidade realizada por Luhrmann, desta vez, bem mais actual.



Ante-Cinema#

Vencedores do Passatempo AUSTRÁLIA

Em baixo ficam os vencedores do passatempo Austrália que ganharam entradas duplas para as antestreias em Lisboa e no Porto. Os vencedores deverão levantar os convites no cinema em questão perante a apresentação do bilhete de identidade. Obrigado a todos por terem participado.

Lisboa: Dia 22 de Dezembro (Segunda-Feira) – 21h30 – Cinemas UCI El Corte Inglés – 5 convites duplos
:

Catarina Neto Aires d'Oliveira;
Filipe José Castro Miranda;
Humberto de Jesus Santos;
Maria Helena Cunha Roque de Almeida;
Sílvia Margarida Marreiros Félix.

Porto: Dia 22 de Dezembro (Segunda-Feira) – 21h30 – Cinemas UCI Arrábida Shopping – 5 convites duplos:

Ana Isabel Magalhães Rodrigues;
Carla Andreia Rodrigues Rentes;
Marcia Maria Santos Guimarães Oliveira Martins;
Nuno Maria Moreira Santos;
Vasco Fernando Pires de Oliveira.

Parabéns aos vencedores. Bom filme!

Ante-Cinema#

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

AUSTRÁLIA: O Início

A cena inicial de Austrália encontra-se na internet já à algum tempo. Portanto, chegou agora a altura do Ante-Cinema matar o bichinho dos mais curiosos, apresentando essa cena em baixo.

O filme está mesmo quase aí a chegar, sendo a antestreia nacional na próxima segunda-feira. Quem ainda não participou no nosso passatempo, pode fazê-lo até às 11h de amanhã. As participações têm sido muitas e registamos já um recorde relativamente ao passatempo anterior que tivemos. Amanhã serão revelados os grandes vencedores.



Ante-Cinema#

Ante-Trailer

DOUBT

Mais uma das grades promessas para os Oscars é apresentado hoje no Ante-Trailer. E se todas as atenções parecem estar viradas para os desempenhos interpretativos de Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams, também há quem já afirme que este é outro dos grandes candidatos a uma nomeação para Melhor Filme.

A história de Doubt, escrito e realizado por John Patrick Shanley (já oscarizado em 1987 pelo argumento de Moonstruck), passa-se no ano de 1964, onde uma freira suspeita de um padre que vem demonstrando um estranho interesse por um jovem aluno negro.

Não tendo ainda uma data para Portugal, o filme estreou já nos EUA no dia 12 de Dezembro. Até agora as reacções dos críticos tem sido, na globalidade, bastante positivas e recebeu recentemente cinco nomeações para os Globos de Ouro. O trailer em baixo.



Ante-Cinema#

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estreias da Semana (18 a 24 de Dezembro)

FILHO DE RAMBOW - UM NOVO HERÓI

Realização: Garth Jennings
Com: Bill Milner, Will Poulter e Jules Sitruk
Género: Comédia
Duração: 96 minutos
Classificação: M/12
País: Alemanha/França/Reino Unido

Nota Ante-Cinema: 7/10

Will Proudfoot procura um escape para a sua vida familiar, na qual é criado segundo as regras de uma seita que proíbe a música e a televisão. Junta-se então a Lee Carter, o «bully» da escola, que, armado com uma máquina de filmar e uma cópia de "Rambo", quer fazer história no cinema ao rodar o seu próprio filme de acção. A dupla improvável vai dar largas à imaginação e viver grandes aventuras... (Sinopse: PtGate)

Em exibição nos seguintes cinemas: VER AQUI


CAOS CALMO

Realização: Antonio Luigi Grimaldi
Com: Nanni Moretti, Valeria Golino, Alessandro Gassman e Roman Polanski
Género: Drama
Duração: 107 minutos
Classificação: M/12
País: Itália/Reino Unido

Frequentemente, Pietro (Nanni Moretti) é acometido de uma estranha mistura de caos e calma. Desde a morte da sua mulher que não tem paz. Lara morreu, inesperadamente, num dia de Verão. Pietro não estava em casa, na altura. Estava na costa, a salvar a vida de uma outra mulher, uma desconhecida. Um dia, quando está a levar a filha à escola, Pietro decide esperar por ela no carro. E continua a fazer o mesmo nos dias que se seguem. Escondido no seu automóvel, começa a observar o ambiente e descobre os refúgios dos outros. Os seus patrões, colegas e familiares aparecem para reconfortá-lo. Mas a única coisa que conseguem fazer é falar-lhe da sua própria dor sem limites e fugirem da sua incompreensível calma. No entanto, Pietro começa lentamente a recuperar. (Sinopse: Cinema2000)

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O SILÊNCIO DE LORNA

Realização: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Com: Arta Dobroshi, Jérémie Renier e Fabrizio Rongione
Género: Drama
Duração: 105 minutos
Classificação: M/12
País: Bélgica/França/Itália/Alemanha

Lorna é uma jovem albanesa a viver na Bélgica e que sonha com um futuro ao lado do namorado, Sokol. Para concretizar os seus sonhos, deixa-se envolver nos planos de Fabio, que lhe propõe um casamento falso com Claudy para que ela consiga a nacionalidade belga. Mas Fabio pretende mais que isso. Quer que Lorna se case a seguir com um mafioso russo disposto a pagar uma avultada quantia pela nacionalidade belga. Para que o segundo casamento se concretize rapidamente, Fabio planeia matar Claudy. Mas será que Lorna conseguirá manter segredo? Ou será que Fabio conseguirá comprar o seu silêncio? Realizado pelos irmãos Dardenne, o filme venceu o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes. (Sinopse: CineCartaz Público)

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A LENDA DO DESPEREAUX

Realização: Sam Fell e Robert Stevenhagen
Com as Vozes de: Emma Watson, Christopher Lloyd, Dustin Hoffman, Sigourney Weaver, Matthew Broderick, Kevin Kline, Robbie Coltrane e William H. Macy
Género: Animação
Duração: 94 minutos
Classificação: M/6
País: EUA/Reino Unido

Era uma vez... no reino distante de Dor - havia magia no ar, riso com fartura e litros e litros de sopa de fazer crescer água na boca. Mas um acidente partiu o coração do Rei, deixou a Princesa cheia de saudades e as pessoas da cidade sem a sua sopa. A luz do sol desapareceu. O mundo ficou cinzento. Toda a esperança se desvaneceu nesta terra... até Despereaux Tilling nascer. (Sinopse: PtGate)

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MULHERES!

Realização: Diane English
Com: Meg Ryan, Annette Bening, Eva Mendes, Debra Messing, Jada Pinkett Smith, Bette Midler e Candice Bergen
Género: Comédia/Drama
Duração: 115 minutos
Classificação: M/12
País: EUA

Mary Haines (Meg Ryan), uma mulher bela, inteligente e moderna, acaba de descobrir que o marido a está a trair. É altura de reunir as suas amigas (Annette Bening, Jada Pinkett Smith e Debra Messing) e a sua mãe (Candice Bergen), que não hesitarão em dar conselhos, levá-la às compras e acompanhá-la em cocktails. A guerra esposa vs. "a outra" (Eva Mendes) começou. (Sinopse: PtGate)

Em exibição nos seguintes cinemas: VER AQUI

Ante-Cinema#

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Qual é o Filme? - Terceira Temporada - Semana 1


COMEÇA HOJE OFICIALMENTE A TERCEIRA TEMPORADA DO 'QUAL É O FILME?'



Boa Sorte a Todos!


Frase:
"Every time he comes up, he's got no knife, he's got no jacket, he's got no pants, he's got no boots. All he's got is that stupid gun he carries around like John Wayne."

Ante-Cinema#

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Grandes Momentos Cinematográficos

MOULIN ROUGE!
(Baz Luhrmann)

Nota Ante-Cinema: 9/10

Aquele que é, sem dúvida, o filme mais consensual e respeitado de Baz Luhrmann, é apresentado hoje no Grandes Momentos Cinematográficos.

Foi a 2001, altura em que se fechava a então chamada trilogia da "Cortina Vermelha", que Moulin Rouge! fez ver ao cinema que os musicais não estavam mortos (como muitos pensavam). Mas se não existiam dúvidas quanto ao nível de risco que este filme continha, já Baz Luhrmann nunca o pensou assim. Ao trazer para o cinema um musical bastante vivo, onde a cor tem uma predominância fulcral e o ritmo um papel acelerado e visualmente intenso, seria de esperar que estivessem na mesa todos os atributos para um grande musical. E foi isso que aconteceu. Mais uma vez, a habilidade de Luhrmann no argumento e na maneira como filma as suas expressivas e coloridas personagens, fizeram de Moulin Rouge! um marco que o cinema teria de ter muito em conta. Prova disso? Após 20 anos sem a Academia distinguir um musical, eis que surge este filme com oito nomeações aos Oscars, tendo ganho em duas categorias (Direcção Artística e Guarda Roupa). Seis nomeações para os Globos de Ouro, onde ganhou três (Melhor Filme Musical ou Comédia, Melhor Actriz num Filme Musical ou Comédia e Melhor Banda Sonora), entre muitos outros importantes prémios.

Existem várias cenas deste filme que mereciam perfeitamente o destaque. A escolhida acabou por recair na cena onde as duas personagens que vivem o amor do filme, Satine e Christian, se apaixonam pela primeira vez. O tema musical que faz parte da cena é "Your Song", reinvenção do original de Elton John. Quem ainda não viu o filme, podem começar por espreitar o excerto em baixo. É bastante patente a importância que o visual tem, levando o espectador a uma França muitas vezes de sonho mas também de tragédia. O vídeo em baixo.



"Lurhmann recria um conto de fadas adulto sobre um cenário luxurioso, momentos musicais deliciosos e interpretes de grande qualidade (um grande desempenho de Nicole Kidman). Moulin Rouge pode-se assemelhar a um circo, mas a um bom circo."
Nota: 8/10
Cinematograficamente Falando

"Ousado e corajoso, um revolucionário musical que mudaria para sempre a visão do género trazendo-o gloriosamente de novo à vida. Uma autêntica alegoria do amor desgraçado mas sem fronteiras, acompanhada energicamente pelos tons fortes, a dança glamourosa e a música arrebatadora. Kidman e McGregor, irrepreensíveis e melhores que nunca, são um só numa química tão poderosa que esquecemos que o que estamos a assistir é de facto ficção. Moulin Rouge tende a despertar opiniões muito distantes: ou se gosta muito, ou se detesta. Eu adorei."
Nota: 9/10
Close-Up

Ante-Cinema#

Tabela de Classificações - Novembro

Mais um mês passou. Com Novembro já fora de cena, chegou a altura da habitual tabela estrelar dizer de sua justiça perante os filmes que tiveram a sua estreia em Portugal. O Ante-Cinema não costuma comentar todos os meses esta tabela mas, desta vez, creio que é importante salientar a "aquisição" de um novo parceiro. O blog Close-Up, dirigido pela ilustre Catarina Oliveira, aceitou juntar-se ao trio habitual de cooperações entre o Ante-Cinema, Cinematograficamente Falando e Cinema is my Life, fortalecendo assim este grupo. Desde já agradeço à Catarina por ter aceite o convite. A tabela sofreu também uma pequena alteração visual, trabalho este desenvolvido pelo Hugo Gomes.

Dezembro está a chegar ao fim, um novo ano aproxima-se e muitas novidades cinematográficas também. Em Janeiro, não percam a tabela estrelar de Dezembro.

Ante-Cinema#

domingo, 14 de dezembro de 2008

Crítica: AUSTRÁLIA

por Fernando Ribeiro

NOTA: 7/10

Como sabem, as minhas expectativas quanto a este Austrália eram muito elevadas. Felizmente tive a grande oportunidade de estar presente na sessão de imprensa, que ocorreu na passada quinta-feira de manhã, e pude, então, acabar com a ansiedade que tinha para ver este filme.

Estando ausente desde 2001, altura em que estreou o terceiro e último filme da sua trilogia chamada “Cortina Vermelha” (Strictly Ballroom, Romeo + Juliet e Moulin Rouge!), Baz Luhrmann regressa agora com um trabalho muito mais pessoal, abordando num ponto referencial as consequências da Segunda Guerra Mundial no seu país natal: Austrália. E essa é uma das características que fazem de Luhrmann um excelente contador de histórias. O facto de pegar num momento da história do seu país e do mundo, e fazer dela uma história de esperança e amor, torna este Austrália numa excelente fábula e num reencontro mais do que esperado entre ele e o cinema. Após este seu longo tempo de ausência, é natural que as atenções estejam intrinsecamente viradas para este seu trabalho. As exigências tornam-se também outras, e daí que talvez tivesse existido tanta discordância entre críticos e o próprio conceito do filme. O realizador australiano é também detentor de duas obras cinematográficas que marcaram para sempre o cinema, casos de Romeo + Juliet e Moulin Rouge!, nos quais, quer se queira quer não, faz com que as expectativas sejam sempre elevadíssimas. E nesse ponto, dou a minha bênção a Austrália, por comprovar que filmes destes ainda são possíveis. Um épico, que poderia muito bem ser associado a filmes anteriores como Gone with the Wind (já muitas vezes comparados) ou até Cold Mountain, é aqui bem distanciado dessas obras do género e que fazem dele uma força bem mais especial. No entanto, Austrália é também detentor de contrariedades, que fazem dele uma peça menor aos anteriores filmes de Luhrmann, e um filme que poderia ter ganho muito mais se não fossem essas nuances.

Visualmente, Baz Luhrmann é totalmente exímio. Mas neste filme acontece uma coisa que em muito distancia este seu trabalho dos anteriores: os efeitos especiais. Se por um lado consegue captar variadíssimos cenários reais de forma exemplar, por outro peca na excessiva abordagem aos efeitos por computador. E isso nota-se numa cena em específico (que vocês irão perceber qual é), onde o nível a que estes foram usados e para aquilo que eram necessários, fez com que se perdesse muito da sua essência natural. Acaba por ser um contraponto tentar misturar realidade vs. efeitos por computador. Moulin Rouge! vivia também muito dessa mistura, contudo, a sua abordagem era muito mais cuidada e não tão superficial. O filme apresenta, ainda, alguns clichés que poderiam ser absolutamente dispensáveis e, com menos 15 ou 20 minutos, o resultado final seria certamente mais satisfatório. Mesmo assim, e apesar destas nuances, Austrália continua a ser visualmente fascinante, destacando-se a fotografia a cargo da também australiana, Mandy Walker. O jogo de cores e a aliança ao também notório guarda roupa fazem da fotografia o ponto mais alto e valorizado do filme.

No que toca às interpretações, existem dois pontos fulcrais a registar. O primeiro, no que diz respeito a Nicole Kidman, já que Luhrmann parece ter um poder especial para filmar a actriz. Aconteceu o mesmo em Moulin Rouge! e volta a acontecer também neste filme. Sem dúvida que a relação entre ambos é, em todo, especial, valendo a Kidman uma das suas melhores interpretações dos últimos anos. Consegue aliar de forma sublime a sua beleza com a própria encarnação que a personagem necessitava. O segundo e, de certa forma, mais surpreendente ponto, trata-se da excelente interpretação do pequeno actor Brandon Walters. Tendo apenas 12 anos de idade, e sendo este o seu primeiro papel em cinema, faz com que este jovem seja um dos grandes atributos deste Austrália. Aliás, não é à toa que tenha recebido uma nomeação para Melhor Jovem Actor na décima quarta edição do Critics’ Choice Awards, na qual os vencedores serão anunciados no próximo dia 8 de Janeiro de 2009. É, então, de louvar o grande talento deste jovem actor, com um excelente futuro pela frente. Pelo menos, assim o esperamos. De louvar também o competente desempenho de Hugh Jackman, com claros traços “Eastwoodianos” no seu papel.

Basicamente, Austrália foi feito com uma enorme paixão apesar de falhar em alguns pontos que o tornariam num filme único. Foi pena porque tinha tudo para se tornar numa das histórias mais fascinantes do cinema mas, como já disse, de todos os trabalhos de Luhrmann, este revela-se claramente inferior. Quanto aos Oscars, acredito fielmente em nomeações para as categorias técnicas, mas nada mais.

Ante-Cinema#

Passatempo AUSTRÁLIA

O Ante-Cinema, com o apoio da Castello Lopes Multimédia, tem para oferecer 10 convites duplos para a antestreia de Austrália, a dividir por:

Lisboa: Dia 22 de Dezembro (Segunda-Feira) – 21h30 – Cinemas UCI El Corte Inglés – 5 convites duplos

Porto: Dia 22 de Dezembro (Segunda-Feira) – 21h30 – Cinemas UCI Arrábida Shopping – 5 convites duplos

Para se habilitarem a um destes convites duplos, apenas têm que responder acertadamente a uma pergunta e fazerem uma resposta criativa para a segunda. Podem enviar as vossas respostas para o email ante.cinema@gmail.com, indicando o nome completo, o número de bilhete de identidade e a sala onde pretendem ver a antestreia.

Pergunta 1 - Baz Luhrmann e Nicole Kidman já trabalharam juntos anteriormente. Qual foi o filme?

Pergunta 2 - Escreve em poucas palavras algo que inclua: "Austrália" e "Nicole Kidman".

São vencedores as melhores respostas à segunda pergunta que tenham respondido acertadamente à primeira.

O passatempo termina no dia 20 de Dezembro às 11h. Os vencedores serão anunciados nesse mesmo dia.


ATENÇÃO:

Um convite em Lisboa está reservado para a Catarina Oliveira, vencedora do espaço ‘Críticas do Leitor’ do Ante-Cinema.


AUSTRÁLIA ESTREIA A 25 DE DEZEMBRO EM PORTUGAL

Site Oficial Português: www.castellolopesmultimedia.com/australia


Ante-Cinema#

sábado, 13 de dezembro de 2008

I Cinema Sites Awards

O Ante-Cinema inaugura hoje mais uma grande novidade. Está aberta oficialmente a primeira edição do Cinema Sites Awards. O grande objectivo deste galardão é premiar, e em certa medida, celebrar aquilo que melhor se faz nos mais variados sites de cinema portugueses e estrangeiros. O que vos vai ser pedido é que votem até ao dia 15 de Janeiro no vosso site preferido. Na barra lateral direita do blog têm a zona da votação, sendo os resultados posteriormente anunciados a 16 de Janeiro.

Quanto ao processo de selecção dos nomeados, este foi feito da forma mais justa possível. Antes de mais, não se admirem por não encontrarem na categoria de Melhor Site Estrangeiro, por exemplo, o Imdb. Como todos sabem, este é um site completo mas há que dar mais competição e destaque a outros. Isto porque o grande objectivo destas duas categorias passa por apresentar uma considerável variedade a nível de conteúdos. Depois para classificar, tudo conta. Desde o design, o nível da escrita, a assiduidade, etc. O resto depende da visão de cada um.

As votações estão abertas, na esperança que usufruem da melhor maneira esta nova actividade do Ante-Cinema, e que acima de tudo, se divirtam com esta "mini" competição.

MELHOR SITE DE CINEMA PORTUGUÊS:


- Cinema2000;
- CinceCartaz Público;
- IOL Cinema;
- Em Cena;
- Super Bock Cinema.

MELHOR SITE DE CINEMA ESTRANGEIRO:

- Empire;
- Premiere;
- Roger Ebert;
- Variety;
- Trailer Addict.

Ante-Cinema#

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ante-Trailer

O 'Ante-Trailer' desta semana apresenta: Frost/Nixon. Sendo um dos grandes candidatos aos Globos de Ouro, arrecadando cinco nomeações a par com The Curious Case of Benjamin Button, este pode ser o grande regresso de Ron Howard depois de filmes não tão aclamados pela crítica.

Desde o seu último trabalho oscarizado em 2001, intitulado A Beatiful Mind, que Ron Howard não consegue reunir ambos os elogios tanto do público como da crítica. Mas a tendência parece estar para mudar com este seu mais recente filme, que diga-se de passagem, tem tudo para ser mais um dos favoritos à próxima edição dos Oscars. Se irá ganhar algum globo, só mais para a frente é que saberemos. No entanto, conseguir cinco nomeações, pode ser já um bom presságio para este filme.

Frost/Nixon centra-se na dramática entrevista dada pelo presidente norte americano Richard Nixon ao apresentador de televisão britânico David Frost, logo após o escândalo político de Watergate, em 1972. Conta ainda no elenco com Frank Langella, Michael Sheen, Sam Rockwell, Kevin Bacon, Matthew Macfadyen, Oliver Platt, Rebecca Hall e Toby Jones. O trailer em baixo.



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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Brevemente no Ante-Cinema: A Crítica de AUSTRALIA

O Ante-Cinema teve a grande honra de poder estar presente na sessão de visionamento para a imprensa, que ocorreu esta quinta-feira de manhã nos cinemas UCI Arrábida Shopping, do filme Australia.

Enquanto a crítica não chega aqui a este espaço, podem ler uma primeira opinião no Cinema is my Life. Isto porque ainda tive a oportunidade, no fim da sessão, de trocar umas palavras com o coordenador deste blog (Fifeco).

Durante este fim de semana fiquem então atentos, e enquanto aguardam pela crítica, vejam em baixo o pequeno documentário sobre o guarda roupa de Australia, que como sempre acontece em cada filme de Baz Luhrmann, é formidável.

E vocês, qual acham que será o veredicto do Ante-Cinema?



Ante-Cinema#