O Ante-Cinema dá seguimento a este novo espaço, desta vez, com mais uma crítica de um leitor a 'Quantum of Solace'. Esta foi escrita pelo Jorge Santos, onde pode ser bem visível o seu descontentamento em relação a esta nova aventura de James Bond. A sua crítica em baixo.
CRÍTICA:
O filme começa com uma alucinante perseguição automóvel que me deixou cansado; quando pensava que ia conseguir recuperar o fôlego, eis que começa nova perseguição, esta pedonal e “saltal”, e o meu fôlego quase que se foi.
Pois é, o James Bond do louro e sexy Daniel Craig está de volta, mas ao contrário do interessante CASINO ROYALE (que eu considero um dos melhores filmes da série), desta vez o pequeno passa a vida em excitantes perseguições, não tem tempo para usar o seu charme e no final ficamos com a sensação que o filme quase não tem história. Bond quer vingar-se de quem matou a sua paixão do filme anterior e pelo meio descobre uma conspiração que não parece chegar a lado nenhum.
O realizador Marc Forster, mais habituado a dramas como FINDING NEVERLAND (um dos meus filmes favoritos) e MONSTER’S BALL, parece ter enlouquecido e quis experimentar fazer um filme de super-acção e destruir o maior número de carros possíveis. É verdade, o filme tem algumas boas perseguições, mas estas são tão rápidas (será que sou eu que estou a ficar velho para estas montagens ultra-rápidas?) que é impossível prestar atenção a tudo o que está a acontecer. Falta plausibilidade a toda esta acção e algumas cenas são completamente ridículas (a sequência da ópera), ou demasiado exageradas (o final no hotel do deserto).
Craig é um excelente actor e o seu Bond, frio e violento, mas falta-lhe humor. Como o mau da fita, Mathieu Amalric é uma figura patética e, no confronto final, parece uma mulher histérica (perdoem-me a expressão). Quanto às Bond girls, duvido que alguma fique para a história e o mesmo se pode dizer da terrível canção tema.
Nota: 1,5 em 5
Ante-Cinema#
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